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Mostrando postagens de julho, 2016

O que se ganha de fato com uma bicicleta aro 29?

Autor: Isaias Malta Estava falando hoje com um dono de Bike Shop e ele me praticamente todos os interessados aparecem na loja querendo uma bicicleta 29. Só os safos, que realmente sabem o que querem, pedem especificamente o aro 27,5. Ele particularmente confessou que a sua bike é 27, ainda mais porque ele prefere o estilo mountain bike. Certamente, o rendimento das 29 é superior nas descidas e nos retões, fator que motiva bastante aos amantes de velocidade. Contudo, quem enfrenta muitas subidas, estradas rurais, trilhas, acaba descobrindo que um aro menor é mais versátil nas terras de malboro. Melhor ainda se você usa o quadro dimensionado exatamente para a sua altura, pois o pessoal tem a tendência de usar quadros enormes – ficam praticamente boiando na bike – configuração que mina a capacidade do piloto de transferir o máximo de potência para a transmissão. Chegando aos prós e contras, tudo depende do uso. Admitindo-se que o uso da maioria das pessoas é pouco exigente e específi...

Diários de Bici: eliminando estalos vindos do garfo ou direção

Autor: Isaias Malta Acabei indo bicicletário onde comprei a bicicleta para reclamar de uns estalos que eu percebia vindo provavelmente da caixa de direção ou da suspensão dianteira. Também apontei um som estranho no freio a disco dianteiro, quando bastante exigido em ladeiras íngremes. O dono da loja andou umas 3 vezes com a bike, mas não constatou os estalos por mim alegados. Conferiu o aperto da mesa, da blocagem do canote, não havia nenhuma folga na caixa de direção. Porém, ele constatou que ambas as blocagens das rodas estavam frouxas, inclusive o eixo dianteiro estava posicionado “fora da casinha” (cavidade feita especificamente na gancheira para alojar eixo com blocagem). Na última andada, o técnico constatou numa curva que havia de algo errado nas pinças do disco do freio dianteiro. Segundo ele, as pinças estavam desalinhadas e isso provocava os estalidos que eu ouvia em terrenos irregulares. Ora, eu havia posicionado a roda fora da casinha justamente porque era a posição...

Vocabulário de Bike: o que é, e qual é a Cadência correta?

Autor: Isaias Malta Você encontra por aí definições muito melhores e específicas sobre o assunto, por isso vou me deter no tocante a terrenos bastante íngremes, típicos aqui da serra gaúcha. Para se ter uma ideia, aqui na cidade ou tem gente morando em buracos, que necessitam ser escalados para se sair deles, ou morando em planaltos, que para se ir para qualquer lugar, torna-se necessário se despencar em buracos. Então por isso, para que o ciclista serrano não bote o coração pela boca (pela cadência muito alta), nem sofra de lesões musculares (pela cadência pesada), é preciso chegar a um meio termo na hora de “escalar” os paredões que fatalmente nos deparamos pela frente. Na realidade, o grande empecilho para a adoção da bicicleta como meio de transporte na nossa região são justamente os obstáculos ao livre ir e vir. Assim, aos que se aventuram na empreitada de usar esse modal, é imperativo a busca do condicionamento físico, especificamente o aumento da capacidade cardiorrespira...

Bicicleta Scuderia Ferrari por 18 mil. Vale tudo isso ou é exorbitante?

Autor: Isaias Malta Em alguns sites ela é anunciada como MTB, mas as especificações não enganam, o modelo é no máximo híbrido, já que tem guidão MTB, não tem suspensão, e uma mistura de características speed, inclusive o câmbio Shimano Sora. Se a marca Ferrari fosse fielmente transplantada para o mundo das bikes (coisa que a Colnago faz), certamente custaria um preço exorbitante, supondo-se que traria os componentes mais sofisticados do mercado. Não é o caso dessa híbrida de roda livre de 9 velocidades, bem pobrinha por sinal. Vejo essa “Ferrari”, cuja marca original é Colli – provavelmente uma chinesinha metida a besta – sendo vendida em todos os grandes magazines online. Quem se arriscaria a comprar um trambolho desses mais caro do que uma Cannondale F29 Carbon 3? Se um produto é ofertado em muitos lugares ao mesmo tempo, logicamente presumo que há uma grande demanda, então a conclusão lógica é que os compradores de marca (ignorantes de qualquer mínimo conceito de bikes) est...

6 motivos para não usar sapatilhas de ciclismo

Autor: Isaias Malta 1) Cães mordedores Um conhecido, antigo no ciclismo, me disse que a pior coisa é levar mordida de cachorro no calcanhar, uma vez que ali estão localizados tendões de difícil cicatrização que até podem se romper numa dentada. Num dos primeiros passeios na nova bicicleta, foi “presenteado” com uma mordida de um cão da peste na panturrilha e olha que eu estava com botas de cano curto! Doravante, procuro pedalar com botas de cano longo, daquelas de couro leve, que aqui no sul chamamos de bota campeira. Certamente, uma frágil sapatilha de ciclismo não seria páreo para os cachorros que encontro amiúde nas bibocas. PS: aparentemente os cães brabos se amedrontam diante de botas longas, pois cá entre nós, eles devem preferir pernas nuas, tenras e depiladas de ciclistas calçando sapatilhas. 2) Uma das minhas curtições é aliar o prazer do ciclismo ao da caminhada Na condição de caminhante inveterado, nas pedaladas longas costumo dar umas esticadas nas pernas para espaire...

Os 10 mandamentos da Blocagem

Autor: Isaias Malta Em junho deste ano comprei a minha MTB, fiz a revisão dos 100 Km e depois de um tempo da revisão, comei a notar uns estalidos que aparentemente vinham da suspensão dianteira. Levei na Bike Shop reclamando dos tais estalos e também de um comportamento estranho do freio a disco dianteiro, mas o cara não conseguiu ouvir os estalos. Lá pela 3ª andada ele finalmente detectou as pinças desalinhadas e reclamou bastante do fato de que tanto a blocagem dianteira, quanto a traseira não estavam apertadas suficientemente. Segundo ele estavam frouxas. Com base nesta experiência, enumerei uma lista com dicas que DEVEM me nortear e também podem servir aos demais ciclistas de 1ª viagem, uma vez que se uma blocagem chega a se abrir numa descida animal ou escapa numa curva em alta velocidade, aí fica difícil de escapar do hospital. 1) Revisarás o aperto das blocagens dianteira e traseira antes de qualquer pedalada.  Depois da verificação, é aconselhável verificar se a roda e...

Diários de Bici: comprou um bicicleta? Então é hora de você se sentir arruinado fisicamente!

Autor: Isaias Malta Os casos de gente que compra bicicleta, que se transforma em cabideiro num canto da casa são esmagadoramente mais numerosos do que os cases de sucesso. E a explicação é muito simples: caso a sua cidade não tenha uma topografia extremamente amigável, vencer subidas é uma tarefa que exige grande capacidade respiratória, consequentemente, cardiovascular. Observando os grandes atletas do ciclismo, percebe-se o quanto eles têm a caixa torácica aumentada. E o que dizer dos amadores, que como você e eu querem usufruir das facilidades desse interessante modal, mas sem ficar botando os “bofes” para fora? Antes de adquirir a bike, eu achava que estava bem fisicamente, até que comecei a subir as “paredes” da minha cidade, aliás, comprei uma Mountain Bike justamente com esse objetivo, para subir morros. Tão logo as pedreiras se apresentaram no meu caminho, descobri que a minha forma física estava muito aquém do que a autoestima avaliava. E o problema pode ser resumido ...

Vocabulário de Bike: movimentos torcionais, os ladrões de potência muscular

Autor: Isaias Malta O que você ciclista pode ter a ver com um assunto, digamos, tão físico quanto esse? Tudo! Só para resumir: todos os movimentos torcionais da que ocorrem na estrutura da sua bike te roubam energia. As torsões ocorrem em menor ou maior grau no pedivela, movimento central, garfo dianteiro, canote, triângulo traseiro, cubos, quadro, etc. Assim como o efeito mola da suspensão, ou suspensões, rouba a energia da pedalada, as partes menos rígidas da bicicleta também drenam uma parcela da energia dispendida. Logicamente, quando há qualquer tipo de folga no conjunto, temos um incremento das forças torcionais, fato que consequentemente dissipa maior quantum de potência muscular. Cada tipo de material possui um coeficiente de elasticidade, aço, alumínio, carbono, etc. Assim, a qualidade da estrutura e dos componentes é definidora de maior ou menor rigidez do conjunto. Logo, aqueles milhares de reais que separam as bicicletas de elite das de supermercado não se reduzem a um...

Diários de Bici: quando acionar ou não acionar a alavanca de tensão da corrente no Sistema Shimano Deore Shadow Plus?

Autor: Isaias Malta - O estabilizador Shadow Plus, que equipa MTB´s de terreno pesado, tenta corrigir a fama da corrente frouxa característica nos trocadores Shimano. Quando ativado, o balanço do braço fica atrelado a uma mecanismo de relojoaria que oscila envolto por uma cinta de aço, que provoca o atrito necessário ao amortecimento das oscilações da corrente. Tal cinta é tensionada por um pivô que possui um parafuso sextavado responsável pela regulagem da tensão da cinta de aço. Eventualmente, depois de um certo tempo o parafuso de regulagem poderá necessitar de recalibração, sempre tendo em mente que a corrente não pode ficar rígida demais. - A eterna dúvida: acionar ou não acionar a alavanca em condições normais? Os bicicletários dizem para deixar em "Off", mas aí fica uma coisa incoerente, por que a Shimano desenvolveu um sistema para não ser usado na maior parte do tempo? - Particularmente, estou usando a alavanca em "On" em todas as situações e notei...

Por que a Caloi T-Type e outras bicicletas de supermercado não são Mountain Bikes?

Autor: Isaias Malta Se você comprou uma T-Type, ou outra vendida nos magazines como MTB, para pedaladas esporádicas em ciclovias, parques e vias asfaltadas, nem precisa ler o resto dos tópicos. Agora, se você embarcou no conto da bicicleta de supermercado vendida como uma Mountain Bike (MTB), então preste atenção no tamanho do erro, pois atualmente até bikes de 500 pilas são propagandeadas como MTB, quando mal atingem o status de bicicleta de passeio. Vou analisar especificamente a Caloi T-Type, porque comprei uma e durante um mês tentei usá-la em condições MTB, quando além de não atingir o objetivo, temi que o troço quebrasse em pouco tempo. RENDIMENTO: Traseira solta O péssimo desenho do quadro (apesar de estiloso) deixa a roda traseira com tão somente 2 pontos de fixação, ao invés dos 4 pontos dos quadros tradicionais. Para comprovar o que eu falo e a reclamação constante de que a T-Type dança nas curvas, fixe a ponta do guidão contra uma parede, coloque a mão no pneu trase...