Autor: Isaias Malta
1) Cães mordedores
Um conhecido, antigo no ciclismo, me disse que a pior coisa é levar mordida de cachorro no calcanhar, uma vez que ali estão localizados tendões de difícil cicatrização que até podem se romper numa dentada. Num dos primeiros passeios na nova bicicleta, foi “presenteado” com uma mordida de um cão da peste na panturrilha e olha que eu estava com botas de cano curto! Doravante, procuro pedalar com botas de cano longo, daquelas de couro leve, que aqui no sul chamamos de bota campeira. Certamente, uma frágil sapatilha de ciclismo não seria páreo para os cachorros que encontro amiúde nas bibocas.
PS: aparentemente os cães brabos se amedrontam diante de botas longas, pois cá entre nós, eles devem preferir pernas nuas, tenras e depiladas de ciclistas calçando sapatilhas.
2) Uma das minhas curtições é aliar o prazer do ciclismo ao da caminhada
Na condição de caminhante inveterado, nas pedaladas longas costumo dar umas esticadas nas pernas para espairecer os músculos e agradar o cérebro. Ora, como caminhar com sapatilhas em trechos pedregosos é uma sandice, não vejo muita utilidade em adotar uma coisa que me tolhesse o prazer de umas cainhadas empurrando a magrela.
3) Sapatilha não é prática em deslocamentos
No momento em que a bicicleta é usada como meio de transporte, não é nada prático levar um par de tênis para quando se chega ao destino final.
4) O conceito da “pedalada redonda” é um mito
A alegação de que somos capazes de empurrar um pedal e puxar o outro ao mesmo tempo é uma falácia, já que os nossos músculos foram desenhados para obter o máximo de empuxo na empurrada e o mínimo na puxada. Pode ser que os ciclistas se sintam mais confortáveis com os pés fixados no pedal, mas daí desenvolver toda uma teoria científica é um desafio completamente diferente.
Esses links vão contra o postulado da pedalada redonda:
https://youtu.be/CNedIJBZpgM
http://www.nourishbalancethrive.com/blog/2015/10/02/its-not-about-pulling-why-flat-pedals-work/
http://forums.roadbikereview.com/beginners-corner/pedaling-efficiency-research-paper-platform-vs-clipless-309187.html
http://www.bikejames.com/strength/the-flat-pedal-revolution-manifesto-how-to-improve-your-riding-with-flat-pedals/
5) Poder variar a posição dos pés
Isso é muito importante em pedaladas longas, sem se dar conta você fica experimentando várias posições dos pés, mais atrasados em relação ao pedal, ou mais adiantados, mais inclinados, menos inclinados, de acordo com o nível de cansaço e as condições do relevo.
6) Menos é mais!
Nem vou me deter aqui no medo de sempre cair junto com a bike, enquanto os pés estão firmemente presos, porque você não teve aqueles décimos de segundo necessários para destravá-los dos pedais. Direi simplesmente que qualquer adendo ao já complicado universo bicicletístico é uma variável a mais para cuidar, fazer manutenção, limpar, regular, trocar quando gasta, etc. Nem vou falar de que o conjunto sapatilhas-pedais pode chegar facilmente a mil reais, um dos fatos justificadores da fama do ciclismo de ser uma brincadeira cara.
1) Cães mordedores
Um conhecido, antigo no ciclismo, me disse que a pior coisa é levar mordida de cachorro no calcanhar, uma vez que ali estão localizados tendões de difícil cicatrização que até podem se romper numa dentada. Num dos primeiros passeios na nova bicicleta, foi “presenteado” com uma mordida de um cão da peste na panturrilha e olha que eu estava com botas de cano curto! Doravante, procuro pedalar com botas de cano longo, daquelas de couro leve, que aqui no sul chamamos de bota campeira. Certamente, uma frágil sapatilha de ciclismo não seria páreo para os cachorros que encontro amiúde nas bibocas.
PS: aparentemente os cães brabos se amedrontam diante de botas longas, pois cá entre nós, eles devem preferir pernas nuas, tenras e depiladas de ciclistas calçando sapatilhas.
2) Uma das minhas curtições é aliar o prazer do ciclismo ao da caminhada
Na condição de caminhante inveterado, nas pedaladas longas costumo dar umas esticadas nas pernas para espairecer os músculos e agradar o cérebro. Ora, como caminhar com sapatilhas em trechos pedregosos é uma sandice, não vejo muita utilidade em adotar uma coisa que me tolhesse o prazer de umas cainhadas empurrando a magrela.
3) Sapatilha não é prática em deslocamentos
No momento em que a bicicleta é usada como meio de transporte, não é nada prático levar um par de tênis para quando se chega ao destino final.
4) O conceito da “pedalada redonda” é um mito
A alegação de que somos capazes de empurrar um pedal e puxar o outro ao mesmo tempo é uma falácia, já que os nossos músculos foram desenhados para obter o máximo de empuxo na empurrada e o mínimo na puxada. Pode ser que os ciclistas se sintam mais confortáveis com os pés fixados no pedal, mas daí desenvolver toda uma teoria científica é um desafio completamente diferente.
Esses links vão contra o postulado da pedalada redonda:
https://youtu.be/CNedIJBZpgM
http://www.nourishbalancethrive.com/blog/2015/10/02/its-not-about-pulling-why-flat-pedals-work/
http://forums.roadbikereview.com/beginners-corner/pedaling-efficiency-research-paper-platform-vs-clipless-309187.html
http://www.bikejames.com/strength/the-flat-pedal-revolution-manifesto-how-to-improve-your-riding-with-flat-pedals/
5) Poder variar a posição dos pés
Isso é muito importante em pedaladas longas, sem se dar conta você fica experimentando várias posições dos pés, mais atrasados em relação ao pedal, ou mais adiantados, mais inclinados, menos inclinados, de acordo com o nível de cansaço e as condições do relevo.
6) Menos é mais!
Nem vou me deter aqui no medo de sempre cair junto com a bike, enquanto os pés estão firmemente presos, porque você não teve aqueles décimos de segundo necessários para destravá-los dos pedais. Direi simplesmente que qualquer adendo ao já complicado universo bicicletístico é uma variável a mais para cuidar, fazer manutenção, limpar, regular, trocar quando gasta, etc. Nem vou falar de que o conjunto sapatilhas-pedais pode chegar facilmente a mil reais, um dos fatos justificadores da fama do ciclismo de ser uma brincadeira cara.
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