Autor: Isaias Malta
Essa questão dificilmente pode ser definida de maneira simples, pois se afirmarmos que as bicicletas mais sofisticadas vêm com rolamentos e as mais baratas vêm com cubos de esferas soltas, somente estaremos focando uma parte da verdade.
A verdade é que também pode haver bicicletas simples equipadas com rolamentos selados e sofisticadas equipadas com esferas soltas (a marca Shimano não trabalha com rolamentos selados). O que se lê nos fóruns é muita gente reclamando de rolamentos xing-ling que fazem barulho, não rodam bem e trancam em pouco tempo. Contudo, há outros usuários que decantam em prosa e verso as virtudes dos seus cubos de esferas e não adotam de jeito nenhum os rolamentados.
Por conta da tremenda confusão reinante nesse assunto, que embaralha a cabeça dos iniciantes, coloco aqui a minha experiência, já que tive duas bicicletas, uma boa e a atual excelente, a primeira com esferas e a atual com rolamentos selados.
Experiências com esferas soltas / cones:
- minha GT Zaskar Sport tinha cubos da marca All Terra (marca xing-ling da própria GT). Tinham um excelente giro livre, contudo, a qualidade das esferas e o banho metálico endurecedor dos cones não tinham o mesmo nível de um Shimano, que deveria equipar uma bicicleta de 5 mil reais;
- o meu principal descontentamento, era com relação à inclinação da roda dianteira nas curvas em descidas em alta velocidade e nas pedaladas intensas nas subidas. Por causa disso, acabei trocado as blocagens originais de alumínio por outras de aço da Shimano. Diminuiu o problema, porém, acho que essa ocorrência é típica do sistema de esferas soltas;
- com cerca de 3000 km mandei fazer uma revisão dos cubos e eles estavam em perfeito estado, só foi trocada a graxa, ou seja, eles têm uma duração excelente;
- não obstante, minha intenção era passar para cubos rolamentados assim que houvesse a necessidade de troca. Minha sensibilidade à pequena oscilação da roda dianteira aconselhava isso. Ademais, esses movimentos provocavam a raspagem intermitente do disco de freio contra alguma parte metálica do mesmo.
Experiências com cubos de rolamentos selados:
- são as melhores possíveis! Todos os problemas que eu experimentava se solucionaram. Felizmente não tive que esperar para fazer um upgrade na bike, uma vez que fiz o up da própria bike;
- é outro mundo a questão da dirigibilidade e estabilidade. Com rolamentos selados de alta qualidade, você esquece as rodas, não existe aquela coisa bamboleante que se observa quando se gira a roda traseira e o cassete fica oscilando, fenômeno natural no mundo das esferas soltas;
- não preciso mais ficar me preocupando com a lubrificação dos cubos, já que rolamentos selados não necessitam disso, quando começam a zumbir é hora de trocá-los;
- a substituição dos rolamentos não chega a ser um bicho de 7 cabeças, mesmo se a pessoa opta por marca de referência, não paga uma fortuna;
- a questão da durabilidade não chega a ser o forte dos rolamentados, neste quesito há pessoas que rodam com seus cubos de esferas muitos milhares de quilômetros satisfatoriamente, desde que sejam cuidadosos na limpeza e lubrificação periódicas;
- cubos rolamentados não dependem da famosa regulagem da pressão de porca e contra-porca, que se ficar muito frouxa, fica bamboleando e se ficar muito apertada, deixa a roda travada.
Conclusão:
Não quero voltar aos cubos com esferas soltas, seria como exigir de um pinto que voltasse ao ovo! Aliás, mesmo antes da experiência, eu já havia decidido mudar os cubos da bicicleta anterior assim que algum componente precisasse ser substituído.
Essa questão dificilmente pode ser definida de maneira simples, pois se afirmarmos que as bicicletas mais sofisticadas vêm com rolamentos e as mais baratas vêm com cubos de esferas soltas, somente estaremos focando uma parte da verdade.
A verdade é que também pode haver bicicletas simples equipadas com rolamentos selados e sofisticadas equipadas com esferas soltas (a marca Shimano não trabalha com rolamentos selados). O que se lê nos fóruns é muita gente reclamando de rolamentos xing-ling que fazem barulho, não rodam bem e trancam em pouco tempo. Contudo, há outros usuários que decantam em prosa e verso as virtudes dos seus cubos de esferas e não adotam de jeito nenhum os rolamentados.
Por conta da tremenda confusão reinante nesse assunto, que embaralha a cabeça dos iniciantes, coloco aqui a minha experiência, já que tive duas bicicletas, uma boa e a atual excelente, a primeira com esferas e a atual com rolamentos selados.
Experiências com esferas soltas / cones:
- minha GT Zaskar Sport tinha cubos da marca All Terra (marca xing-ling da própria GT). Tinham um excelente giro livre, contudo, a qualidade das esferas e o banho metálico endurecedor dos cones não tinham o mesmo nível de um Shimano, que deveria equipar uma bicicleta de 5 mil reais;
- o meu principal descontentamento, era com relação à inclinação da roda dianteira nas curvas em descidas em alta velocidade e nas pedaladas intensas nas subidas. Por causa disso, acabei trocado as blocagens originais de alumínio por outras de aço da Shimano. Diminuiu o problema, porém, acho que essa ocorrência é típica do sistema de esferas soltas;
- com cerca de 3000 km mandei fazer uma revisão dos cubos e eles estavam em perfeito estado, só foi trocada a graxa, ou seja, eles têm uma duração excelente;
- não obstante, minha intenção era passar para cubos rolamentados assim que houvesse a necessidade de troca. Minha sensibilidade à pequena oscilação da roda dianteira aconselhava isso. Ademais, esses movimentos provocavam a raspagem intermitente do disco de freio contra alguma parte metálica do mesmo.
Experiências com cubos de rolamentos selados:
- são as melhores possíveis! Todos os problemas que eu experimentava se solucionaram. Felizmente não tive que esperar para fazer um upgrade na bike, uma vez que fiz o up da própria bike;
- é outro mundo a questão da dirigibilidade e estabilidade. Com rolamentos selados de alta qualidade, você esquece as rodas, não existe aquela coisa bamboleante que se observa quando se gira a roda traseira e o cassete fica oscilando, fenômeno natural no mundo das esferas soltas;
- não preciso mais ficar me preocupando com a lubrificação dos cubos, já que rolamentos selados não necessitam disso, quando começam a zumbir é hora de trocá-los;
- a substituição dos rolamentos não chega a ser um bicho de 7 cabeças, mesmo se a pessoa opta por marca de referência, não paga uma fortuna;
- a questão da durabilidade não chega a ser o forte dos rolamentados, neste quesito há pessoas que rodam com seus cubos de esferas muitos milhares de quilômetros satisfatoriamente, desde que sejam cuidadosos na limpeza e lubrificação periódicas;
- cubos rolamentados não dependem da famosa regulagem da pressão de porca e contra-porca, que se ficar muito frouxa, fica bamboleando e se ficar muito apertada, deixa a roda travada.
Conclusão:
Não quero voltar aos cubos com esferas soltas, seria como exigir de um pinto que voltasse ao ovo! Aliás, mesmo antes da experiência, eu já havia decidido mudar os cubos da bicicleta anterior assim que algum componente precisasse ser substituído.
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