Pular para o conteúdo principal

Diário de manutenção: tirar água suja da suspensão

Autor:
Ao cabo de 4.500 a 5.000 km, fui na oficina para fazer a revisão da suspa Rockshox Reba da minha Specialized Epic.

Ao contrário do que manda a fábrica, não é necessário trocar toda a santa vez o kit de reparos, este tipo de procedimento só pode ser sustentado pelos ricos de lá da terra deles, não aqui, onde o kit custa cerca de 160 reais. Somando os 160 mais os 175 reais da mão de obra (inclusa a revisão da caixa de direção), seria muito improvável conseguirmos arcar com os 375 reais só de revisão anual da suspa.

No entanto, vale a pena o ciclista se antecipar e não deixar que a coisa degringole, até que seja tarde demais e acabe comprometendo um componente importante, ou até condenando a suspensão inteira por falta de manutenção. Neste caso, a conta sairia salgada, por volta dos 4.000 reais.

Apesar de não ter precisado trocar nenhum dos o-rings, retentores, guarnições, etc, eles estavam sujos e com a graxa contaminada. Da câmara do hidráulico, onde vai mais quantidade de óleo, saiu uma bela quantidade de óleo fino, escurecido e com borra. Ou seja, já era hora de trocar, pois aquela gororoba tinha perdido as características lubrificantes.

O fato de, para tirar o garfo ser preciso desmontar a caixa de direção, ensejou a limpeza e lubrificação da mesma. Uma operação mandatória que deve ser feita sempre que a suspensão é revisada.

Graças à orientação do meu mecânico, eu já havia feito a primeira revisão das 50 horas, que se limita a checar o óleo da canela que abriga a câmara de ar. Este costuma vir com pouca lubrificação de fábrica, fator que pode ocasionar esfarelamento de algum o-ring (anel de borracha).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cubos com Rolamentos ou Esferas – qual é o melhor? Qual roda gira mais livre?

Autor: Isaias Malta A velha polêmica cessará algum dia? O certo é que as bikes mais sofisticadas (caras) vêm com os tais “sealed bearings” (rolamentos selados) e aquelas abaixo de 5k vêm equipadas com anéis de esferas alojados em cones (cup and cone hub). Então, aparentemente só há argumentos bons em relação aos rolamentos e merda em cima das esferas? Errado! O melhor então seria reformular a pergunta: qual é o melhor, um cubo com rolamentos mais ou menos ou um cubo de esferas/cone de alta qualidade? Também é verdade que há por aí bikes meia boca com rolamentos chineses cujas rodas parece que giram com areia dentro. Se é verdade é que as pessoas têm problemas nos dois mundos, então vamos colocar alguns argumentos que pesam do lado das rejeitadas esferas. Aliás, a minha GT Zaskar 27.5 Sport está na faixa de preço que não comporta rolamentos, mesmo assim as rodas giram com uma liberdade absurda! E ainda melhor, sem produzir ruído algum, digamos assim, o característico zunido dos r...

Cubos rolamentados ou com esferas soltas, qual é o melhor?

Autor: Isaias Malta Essa questão dificilmente pode ser definida de maneira simples, pois se afirmarmos que as bicicletas mais sofisticadas vêm com rolamentos e as mais baratas vêm com cubos de esferas soltas, somente estaremos focando uma parte da verdade. A verdade é que também pode haver bicicletas simples equipadas com rolamentos selados e sofisticadas equipadas com esferas soltas (a marca Shimano não trabalha com rolamentos selados). O que se lê nos fóruns é muita gente reclamando de rolamentos xing-ling que fazem barulho, não rodam bem e trancam em pouco tempo. Contudo, há outros usuários que decantam em prosa e verso as virtudes dos seus cubos de esferas e não adotam de jeito nenhum os rolamentados. Por conta da tremenda confusão reinante nesse assunto, que embaralha a cabeça dos iniciantes, coloco aqui a minha experiência, já que tive duas bicicletas, uma boa e a atual excelente, a primeira com esferas e a atual com rolamentos selados. Experiências com esferas soltas / co...

Galeria de selins sem nariz que salvam a vida sexual do(a) ciclista

Autor: Isaias Malta Os especialistas em saúde sexual masculina afirmam que os ciclistas se divide em 2 grupos: dos que estão impotentes sexuais e o dos que ficarão. E a explicação para essa tragédia é que os selins tradicionais jogam 25% do peso corporal sobre a região do períneo, onde ficam a próstata, a raiz do pênis, e artérias responsáveis pela irrigação do órgão sexual. Assim, uma atividade física, a princípio valiosíssima, pode vir a ser causa de problemas graves de saúde. As mulheres também têm seus percalços, uma vez que sofrem dores devido à constante pressão exercida contra a sua genitália pelo bico dos selins tradicionais. Homens com hipertrofia da próstata se encontram completamente alijados do ciclismo, se não buscarem soluções alternativas de assentos. Ciclistas que sofrem sensação de dormência depois de pedais longos devem abandonar inteiramente a concepção de que “ainda não se acostumaram” aos seus selins caros, bonitos e de marcas famosas. O corpo humano não foi ...