Autor: Isaias Malta
Devido à conformação extremamente acidentada do relevo da minha região, desde que me vi por gente no mundo do ciclismo, descobri que a minha modalidade só podia ser Mountain Bike e dentre dela, tinha que ser Cross Country, ou seja, uma bike muito ágil para as subidas, sem dar grande importância ao incremento de velocidade em descidas e planos.
A minha 1ª bike comecei comprando errado, devido à ignorância, pois saí da loja pilotando uma “flamejante” Caloi T-Type. Cerca de um mês depois e com a certeza de que ia acabar quebrando o quadro da T-Type, parti para a GT Zaskar Sport 27.5. Aí a veia do Cross Country começou a bombar!
Nos 6 meses em que pedalei com a Zaskar, houve muito aprendizado e algumas decepções, principalmente por conta de alguns componentes sofríveis que a GT destinou a um modelo de 5 mil reais, tipo, blocagens de qualidade inferior, cubos de esferas soltas bem ruinzinhos, cabos parcialmente desencapados (coisa que se pode admitir numa Caloi de supermercado, mas nunca numa marca top), freios Acera, sendo que o grupo é Deore, etc. Além disso, a Zaskar é famosa por ser um “cabrito”, por culpa da suspensão e da rigidez do quadro.
Nota: quando você opta pela classe XC, passa a abominar a coisa de câmbio dianteiro de 3 coroas, é uma libertação conviver com um sistema de troca de marchas mais simples!
Pois bem, aí me surgiu uma bela proposta de trocar a bike pela Epic e resolvi fazer o negócio antes que a Zaskar desvalorizasse demais e se transformasse num casamento. Meu 1º pedal foi de 100 Km, portanto, já consigo passar uma ideia geral:
- a primeira impressão quando você pega uma Epic é de que ela é descarnada. Não tem mostradores de marchas, o quadro é minimalista, não tem aquele plástico protetor entre o cassete e os raios, não tem acionamento do lock da suspa na direção, etc;
- porém, o descarnamento vem pra bem, pois se os projetistas tiraram tudo que é enfeite e supérfluo, deixaram o essencial para pedaladas vigorosas;
- você não sente falta do acionamento da trava de suspensão no guidão, pois é extremamente fácil comutar na chave do amortecedor;
- aliás, o Rock Shox Reba faz uma bela leitura do terreno;
- os câmbios traseiro Shimano XT e dianteiro SLX são um relógio, você troca as marchas sem ouvir qualquer ruído;
- graças aos cubos rolamentados, a bicicleta desliza barbaramente, inclusive para cima nas subidas leves, quase desafiando as leis da física. (aos que possuem cubo de esferas soltas, digo que isso e um outro mundo, pois você não experimenta mais aquelas oscilações sinistras da roda dianteira nas curvas, nem quando está tracionando no guidão);
- a propulsão resultante das rodas 29” é inacreditável! Eu era devoto das rodas 27.5, mas abandonei a religião;
- graças à geometria absurda da Epic (uma filha da família S-Works), você não cansa as costas, pernas, ombros, pois fornece um conforto excepcional, mesmo que o desenho seja voltado para a competição;
- se você tem alguma ambição performática nas descidas e plano, não será com a coroa maior de 34 dentes que conseguirá alguma;
- os 11 pinhões traseiros são impressionantes para a tração. O maior, com seus 42 dentes, combinado com a cora de 24 dentes faz você subir paredes!
- aconselho esta bike para os obesos, viciados em carro, habitantes de sofá, comedores de fast-food/tomadores de refrigerante, sedentários convictos e toda essa galera da contramão do saudável, porque é uma bicicleta que não te exige o mínimo esforço.
Devido à conformação extremamente acidentada do relevo da minha região, desde que me vi por gente no mundo do ciclismo, descobri que a minha modalidade só podia ser Mountain Bike e dentre dela, tinha que ser Cross Country, ou seja, uma bike muito ágil para as subidas, sem dar grande importância ao incremento de velocidade em descidas e planos.
A minha 1ª bike comecei comprando errado, devido à ignorância, pois saí da loja pilotando uma “flamejante” Caloi T-Type. Cerca de um mês depois e com a certeza de que ia acabar quebrando o quadro da T-Type, parti para a GT Zaskar Sport 27.5. Aí a veia do Cross Country começou a bombar!
Nos 6 meses em que pedalei com a Zaskar, houve muito aprendizado e algumas decepções, principalmente por conta de alguns componentes sofríveis que a GT destinou a um modelo de 5 mil reais, tipo, blocagens de qualidade inferior, cubos de esferas soltas bem ruinzinhos, cabos parcialmente desencapados (coisa que se pode admitir numa Caloi de supermercado, mas nunca numa marca top), freios Acera, sendo que o grupo é Deore, etc. Além disso, a Zaskar é famosa por ser um “cabrito”, por culpa da suspensão e da rigidez do quadro.
Nota: quando você opta pela classe XC, passa a abominar a coisa de câmbio dianteiro de 3 coroas, é uma libertação conviver com um sistema de troca de marchas mais simples!
Pois bem, aí me surgiu uma bela proposta de trocar a bike pela Epic e resolvi fazer o negócio antes que a Zaskar desvalorizasse demais e se transformasse num casamento. Meu 1º pedal foi de 100 Km, portanto, já consigo passar uma ideia geral:
- a primeira impressão quando você pega uma Epic é de que ela é descarnada. Não tem mostradores de marchas, o quadro é minimalista, não tem aquele plástico protetor entre o cassete e os raios, não tem acionamento do lock da suspa na direção, etc;
- porém, o descarnamento vem pra bem, pois se os projetistas tiraram tudo que é enfeite e supérfluo, deixaram o essencial para pedaladas vigorosas;
- você não sente falta do acionamento da trava de suspensão no guidão, pois é extremamente fácil comutar na chave do amortecedor;
- aliás, o Rock Shox Reba faz uma bela leitura do terreno;
- os câmbios traseiro Shimano XT e dianteiro SLX são um relógio, você troca as marchas sem ouvir qualquer ruído;
- graças aos cubos rolamentados, a bicicleta desliza barbaramente, inclusive para cima nas subidas leves, quase desafiando as leis da física. (aos que possuem cubo de esferas soltas, digo que isso e um outro mundo, pois você não experimenta mais aquelas oscilações sinistras da roda dianteira nas curvas, nem quando está tracionando no guidão);
- a propulsão resultante das rodas 29” é inacreditável! Eu era devoto das rodas 27.5, mas abandonei a religião;
- graças à geometria absurda da Epic (uma filha da família S-Works), você não cansa as costas, pernas, ombros, pois fornece um conforto excepcional, mesmo que o desenho seja voltado para a competição;
- se você tem alguma ambição performática nas descidas e plano, não será com a coroa maior de 34 dentes que conseguirá alguma;
- os 11 pinhões traseiros são impressionantes para a tração. O maior, com seus 42 dentes, combinado com a cora de 24 dentes faz você subir paredes!
- aconselho esta bike para os obesos, viciados em carro, habitantes de sofá, comedores de fast-food/tomadores de refrigerante, sedentários convictos e toda essa galera da contramão do saudável, porque é uma bicicleta que não te exige o mínimo esforço.
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