Autor: Isaias Malta
Detectei a tempo que a minha GT Zaskar 27.5 Sport já estava com as pastilhas de freio gastas (freio Deore BR-M396). Sabe, numa daquelas limpezas de rotina, resolvi dar uma olhada como quem não quer nada na espessura das ditas cujas e me apavorei, pois restava umas lasquinhas a separar o metal do rotor.
NOTA INICIAL: vamos deixar claro que se o sistema de freios da bike é o grande diferencial entre o gozo de perfeita saúde e uma cama de hospital, tudo nele deve ser de absoluta confiabilidade! Tremo só de ver bicicletas novas de 380 reais anunciadas no Mercado Livre equipadas com freios a disco! Suicídio tem nome!
Pois bem, como na oficina da loja onde comprei a bike eles nunca conseguiram alinhar direito o freio dianteiro, decidi partir para uma outra oficina de loja, inclusive de outra marca. Fui bem recebido e o atendimento foi perfeito! Na minha cabeça, logicamente eles tinham trocado as pastilhas velhas por pastilhas Shimano originais.
Só que não foi assim. Depois de alguns pedais, voltei na loja porque o tal do freio dianteiro estava roçando, principalmente nas curvas em alta velocidade à direita. Então foi feito um novo alinhamento e aparentemente ficou perfeito. Aí fiz um pedal de 100 km e as coisas não estavam exatamente bem nas descidas. O freio dianteiro voltou a fazer barulho, além disso, na frenagem em baixa velocidade ele fazia um guincho bem alto. O mecânico havia dito que isso só aconteceria enquanto as pastilhas estivessem novas.
Durante um pedal de 30 km com alguns lançantes em paralelepípedo as coisas começaram a piorar e ficaram bem piores depois de uma chuvarada pega no terço final deste pedal. No outro dia, peguei novamente uma boa chuva e o freio não parou mais de guinchar, além de ter ficado com uma eficiência miserável.
Coincidentemente, minha mulher ficou sabendo nesse mesmo dia que uma amiga havia levado a sua bike para uma oficina e que eles haviam dado um jeito na péssima montagem que a sua bicicleta havia sofrido na loja onde foi comprado. Coincidentemente, o principal problema notado por ela era ruído no freio.
No outro dia, coloquei a bike no carro e me toquei para essa oficina. O mecânico primeiramente tentou fazer o alinhamento e saiu para dar uma experimentada. Quando voltou, disse textualmente: “este freio está muito ruim!”. Aí o sujeito tirou primeiramente as pastilhas da frente. Ato contínuo, minha primeira pergunta: são pastilhas Shimano? E a resposta, conforme eu já desconfiara, foi não. Pastilhas genéricas sem marca nenhuma impressa na chapinha. E a causa da ineficiência dos freios era que as pastilhas estavam completamente vitrificadas. Isso com muito pouco uso, eles estavam novas!
Problemas detectados nas pastilhas xing ling:
- acredito que as genéricas são resinadas e não do tipo semi-metal, pois esse analfabetismo (ou má fé) provaria que o pessoal da loja autorizada não leu a inscrição explícita no rotor de freio: "resin pad only". Ou seja, qualquer coisa diferente de pastilha orgânica acaba vitrificando e destruindo o disco;
- testei raspando com um estilete as genéricas e as Shimano originais e as genéricas apresentaram uma dureza bem maior, ou seja, além de não frear, estavam sulcando o disco;
- além disso, as originais soltavam um pozinho cinza durante o uso, enquanto as pastilhas alternativas não, justamente por serem duras demais;
- como as genéricas são bem mais grossas do que as Shimano, a tendência a pegar no disco é bem maior. Certamente, a maior preocupação das xing ling é durar mais, só que à custa do efetivo funcionamento da frenagem.
Comparando com fotos pesquisadas na internet, acho que as pastilhas colocadas foram TSW. O preço do par é 20 reais, logo, para pessoa física dá 40 reais. O cara da loja especializada que me empurrou as xing ling deve ter pago no máximo uns 15 reais o par, o que dá 30 reais. O sujeito cara de pau me cobrou 120 reais pelo serviço porco, logo, seu serviço custou 90 reais por nada!
Pastilhas Shimano custam 55 reais o par. Então, como paguei 140 reais pelo serviço, a mão de obra custou 30 reais. O resultado da brincadeira é que uma troca de pastilhas me custou 260 reais, o que prova que não é brincadeira essa coisa de ciclismo! Naturalmente, não vou nem pensar em levar a bike em assistência técnica de loja. Deixemos que os caras se preocupem mais em vender e menos com esses pequenos pepinos que tanto nos atordoam...
Detectei a tempo que a minha GT Zaskar 27.5 Sport já estava com as pastilhas de freio gastas (freio Deore BR-M396). Sabe, numa daquelas limpezas de rotina, resolvi dar uma olhada como quem não quer nada na espessura das ditas cujas e me apavorei, pois restava umas lasquinhas a separar o metal do rotor.
NOTA INICIAL: vamos deixar claro que se o sistema de freios da bike é o grande diferencial entre o gozo de perfeita saúde e uma cama de hospital, tudo nele deve ser de absoluta confiabilidade! Tremo só de ver bicicletas novas de 380 reais anunciadas no Mercado Livre equipadas com freios a disco! Suicídio tem nome!
Pois bem, como na oficina da loja onde comprei a bike eles nunca conseguiram alinhar direito o freio dianteiro, decidi partir para uma outra oficina de loja, inclusive de outra marca. Fui bem recebido e o atendimento foi perfeito! Na minha cabeça, logicamente eles tinham trocado as pastilhas velhas por pastilhas Shimano originais.
Só que não foi assim. Depois de alguns pedais, voltei na loja porque o tal do freio dianteiro estava roçando, principalmente nas curvas em alta velocidade à direita. Então foi feito um novo alinhamento e aparentemente ficou perfeito. Aí fiz um pedal de 100 km e as coisas não estavam exatamente bem nas descidas. O freio dianteiro voltou a fazer barulho, além disso, na frenagem em baixa velocidade ele fazia um guincho bem alto. O mecânico havia dito que isso só aconteceria enquanto as pastilhas estivessem novas.
Durante um pedal de 30 km com alguns lançantes em paralelepípedo as coisas começaram a piorar e ficaram bem piores depois de uma chuvarada pega no terço final deste pedal. No outro dia, peguei novamente uma boa chuva e o freio não parou mais de guinchar, além de ter ficado com uma eficiência miserável.
Coincidentemente, minha mulher ficou sabendo nesse mesmo dia que uma amiga havia levado a sua bike para uma oficina e que eles haviam dado um jeito na péssima montagem que a sua bicicleta havia sofrido na loja onde foi comprado. Coincidentemente, o principal problema notado por ela era ruído no freio.
No outro dia, coloquei a bike no carro e me toquei para essa oficina. O mecânico primeiramente tentou fazer o alinhamento e saiu para dar uma experimentada. Quando voltou, disse textualmente: “este freio está muito ruim!”. Aí o sujeito tirou primeiramente as pastilhas da frente. Ato contínuo, minha primeira pergunta: são pastilhas Shimano? E a resposta, conforme eu já desconfiara, foi não. Pastilhas genéricas sem marca nenhuma impressa na chapinha. E a causa da ineficiência dos freios era que as pastilhas estavam completamente vitrificadas. Isso com muito pouco uso, eles estavam novas!
Problemas detectados nas pastilhas xing ling:
- acredito que as genéricas são resinadas e não do tipo semi-metal, pois esse analfabetismo (ou má fé) provaria que o pessoal da loja autorizada não leu a inscrição explícita no rotor de freio: "resin pad only". Ou seja, qualquer coisa diferente de pastilha orgânica acaba vitrificando e destruindo o disco;
- testei raspando com um estilete as genéricas e as Shimano originais e as genéricas apresentaram uma dureza bem maior, ou seja, além de não frear, estavam sulcando o disco;
- além disso, as originais soltavam um pozinho cinza durante o uso, enquanto as pastilhas alternativas não, justamente por serem duras demais;
- como as genéricas são bem mais grossas do que as Shimano, a tendência a pegar no disco é bem maior. Certamente, a maior preocupação das xing ling é durar mais, só que à custa do efetivo funcionamento da frenagem.
Comparando com fotos pesquisadas na internet, acho que as pastilhas colocadas foram TSW. O preço do par é 20 reais, logo, para pessoa física dá 40 reais. O cara da loja especializada que me empurrou as xing ling deve ter pago no máximo uns 15 reais o par, o que dá 30 reais. O sujeito cara de pau me cobrou 120 reais pelo serviço porco, logo, seu serviço custou 90 reais por nada!
Pastilhas Shimano custam 55 reais o par. Então, como paguei 140 reais pelo serviço, a mão de obra custou 30 reais. O resultado da brincadeira é que uma troca de pastilhas me custou 260 reais, o que prova que não é brincadeira essa coisa de ciclismo! Naturalmente, não vou nem pensar em levar a bike em assistência técnica de loja. Deixemos que os caras se preocupem mais em vender e menos com esses pequenos pepinos que tanto nos atordoam...
Comentários
Postar um comentário