Autor: Isaias Malta
É estarrecedor constatar que uma certa parcela dos usuários de bicicleta simplesmente se recusa a usar intensivamente o câmbio. Os motivos, sou levado a crer, vão desde à complexidade dos trocadores de velocidade, com dezenas de marchas meio redundantes, ao medo de desgastar o mecanismo.
Primeiramente, acho muito burro o padrão de 3 coroas dianteiras adotado pela indústria e aplicado principalmente nas bikes genéricas de baixo custo. Na ânsia de abranger o maior número possível de velocidades, a indústria enfia goela abaixo o câmbio dianteiro de 3 coroas, mais difícil de operar e sem grande efetividade em termos de aumento real no número de marchas. Toda essa traquinagem é feita para ostentar o bordão comercial das 21 marchas ou mais.
O resultado final é o esperável: as pessoas comuns terminam ignorando este número irrealista de marchas e acabam adotando o uso tão somente da coroa do meio. Elas raciocinam, se é média, serve tanto para subidas, quanto para descidas, fato que não deixa de ser verdade.
O fato é que os usuários de bicicletas de supermercado acabam usando velocidades muito pesadas nas subidas íngremes e, como não liberam as marchas no plano ou descida, aumentam desnecessariamente a cadência. Certamente, além de render menos, o indivíduo cansa mais por realizar movimentos desnecessários.
O resumo da ópera é que a maioria das bicicletas destinadas ao público em geral vem com câmbios superdimensionados e de operação muito complexa exigida de ciclistas de fim de semana. Ao final, o marketing triunfa acima das necessidades reais das pessoas e elas acabam sendo manipuladas para comprarem algo que claramente não supre o seu uso cotidiano.
É estarrecedor constatar que uma certa parcela dos usuários de bicicleta simplesmente se recusa a usar intensivamente o câmbio. Os motivos, sou levado a crer, vão desde à complexidade dos trocadores de velocidade, com dezenas de marchas meio redundantes, ao medo de desgastar o mecanismo.
Primeiramente, acho muito burro o padrão de 3 coroas dianteiras adotado pela indústria e aplicado principalmente nas bikes genéricas de baixo custo. Na ânsia de abranger o maior número possível de velocidades, a indústria enfia goela abaixo o câmbio dianteiro de 3 coroas, mais difícil de operar e sem grande efetividade em termos de aumento real no número de marchas. Toda essa traquinagem é feita para ostentar o bordão comercial das 21 marchas ou mais.
O resultado final é o esperável: as pessoas comuns terminam ignorando este número irrealista de marchas e acabam adotando o uso tão somente da coroa do meio. Elas raciocinam, se é média, serve tanto para subidas, quanto para descidas, fato que não deixa de ser verdade.
O fato é que os usuários de bicicletas de supermercado acabam usando velocidades muito pesadas nas subidas íngremes e, como não liberam as marchas no plano ou descida, aumentam desnecessariamente a cadência. Certamente, além de render menos, o indivíduo cansa mais por realizar movimentos desnecessários.
O resumo da ópera é que a maioria das bicicletas destinadas ao público em geral vem com câmbios superdimensionados e de operação muito complexa exigida de ciclistas de fim de semana. Ao final, o marketing triunfa acima das necessidades reais das pessoas e elas acabam sendo manipuladas para comprarem algo que claramente não supre o seu uso cotidiano.
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