Autor: Isaias Malta
A maioria dos ciclistas não dá a devida importância ao sistema quick-release, comumente chamado de blocagem, que se trata de um sistema de alavanca que substitui as porcas de aperto das rodas.
Apesar da praticidade do fato de não precisar de ferramentas, a blocagem pode se tornar um método de fixação das rodas extremamente inseguro de alguns procedimentos não forem adotados.
Semanalmente, levo a bike no carro e volto para casa pedalando. Para caber dentro do veículo, sou obrigado a tirar o pneu dianteiro. Na última vez, fiz o procedimento de montagem, mas quando comecei a pedalar ouvi um ruído estranho que não parava nem quando eu cessava de pedalar. Parei, conferi a posição da blocagem e descobri que havia fechado a alavanca com o eixo fora de posição, o seja, o consequente desalinhamento da roda fazia o aro roçar nas balacas do freio.
Depois de consertado o problema, quando cheguei em casa resolvi dar uma consultada sobre os procedimentos corretos, porque estando com a bike há pouco tempo, muitas dúvidas ainda pairam no ar. Das consultas a manuais, tutoriais e artigos falando sobre o assunto blocagem, depreendi que o usuário comum não se preocupa muito com o assunto, tanto é que alguns ciclistas são vistos rodando com a blocagem na posição aberta e a contra-arruela totalmente apertada. Por mais apertada que esteja a arruela do outro lado, a blocagem aberta pode soltar a roda a qualquer solavanco mais forte.
Para sanar a minha ignorância e a de muitos, preparei alguns procedimentos que devem nortear a todos que se beneficiam do sistema quick-release:
POSIÇÃO
- A melhor posição da alavanca é a sua traseira estar voltada para a parte de trás da bike. Isso se justifica porque em caso de obstáculos ou galhos no caminho, não há chance de alguma coisa se prender no espaço entre a alavanca e a forqueta e abrir catastroficamente a blocagem. Além de estar voltada para trás, melhor ainda é a alavanca ficar protegida pelo quadro. Na Caloi T-Type se consegue esta configuração:
- Além de estar voltada para trás, é melhor que a alavanca não fique “dançando” no ar, ou seja, que fique com uma ponta projetada. Exemplifico com a foto da minha Caloi T-Type. O quadro na parte traseira não comporta que a alavanca fique para trás, já que não há nenhum elemento do quadro protegendo-a. Assim, decidi que a posição mais protegida é para cima:
Cada arquitetura de bicicleta é um caso, caberá a você decidir o que é melhor.
TENSÃO
- Os manuais recomendam que na hora de fechar a blocagem a alavanca seja posicionada alinhada com o eixo
e a contra-porca seja apertada até “oferecer grande resistência”, aí você pode fechar a alavanca. O problema é que se isso for levado a sério, será preciso uma grande força para fechar a alavanca e uma força maior para abri-la. Claramente isso é um contrassenso, pois se as fábricas dizem que é um sistema que não precisa de ferramentas, logicamente não necessitaria de ferramentas para abrir e fechar.
Logo, o bom senso deve imperar aqui. Então, você descobrirá por tentativa e erro qual é o aperto necessário da contra-porca para não deixar o aperto da blocagem solto demais ou apertado demais. Há um meio termo que deve ser encontrado. O que não pode acontecer é que se vê por aí em fotos camaradas que entortam a alavanca de tanta força empregada.
A maioria dos ciclistas não dá a devida importância ao sistema quick-release, comumente chamado de blocagem, que se trata de um sistema de alavanca que substitui as porcas de aperto das rodas.
Apesar da praticidade do fato de não precisar de ferramentas, a blocagem pode se tornar um método de fixação das rodas extremamente inseguro de alguns procedimentos não forem adotados.
Semanalmente, levo a bike no carro e volto para casa pedalando. Para caber dentro do veículo, sou obrigado a tirar o pneu dianteiro. Na última vez, fiz o procedimento de montagem, mas quando comecei a pedalar ouvi um ruído estranho que não parava nem quando eu cessava de pedalar. Parei, conferi a posição da blocagem e descobri que havia fechado a alavanca com o eixo fora de posição, o seja, o consequente desalinhamento da roda fazia o aro roçar nas balacas do freio.
Depois de consertado o problema, quando cheguei em casa resolvi dar uma consultada sobre os procedimentos corretos, porque estando com a bike há pouco tempo, muitas dúvidas ainda pairam no ar. Das consultas a manuais, tutoriais e artigos falando sobre o assunto blocagem, depreendi que o usuário comum não se preocupa muito com o assunto, tanto é que alguns ciclistas são vistos rodando com a blocagem na posição aberta e a contra-arruela totalmente apertada. Por mais apertada que esteja a arruela do outro lado, a blocagem aberta pode soltar a roda a qualquer solavanco mais forte.
Para sanar a minha ignorância e a de muitos, preparei alguns procedimentos que devem nortear a todos que se beneficiam do sistema quick-release:
POSIÇÃO
- A melhor posição da alavanca é a sua traseira estar voltada para a parte de trás da bike. Isso se justifica porque em caso de obstáculos ou galhos no caminho, não há chance de alguma coisa se prender no espaço entre a alavanca e a forqueta e abrir catastroficamente a blocagem. Além de estar voltada para trás, melhor ainda é a alavanca ficar protegida pelo quadro. Na Caloi T-Type se consegue esta configuração:
- Além de estar voltada para trás, é melhor que a alavanca não fique “dançando” no ar, ou seja, que fique com uma ponta projetada. Exemplifico com a foto da minha Caloi T-Type. O quadro na parte traseira não comporta que a alavanca fique para trás, já que não há nenhum elemento do quadro protegendo-a. Assim, decidi que a posição mais protegida é para cima:
Cada arquitetura de bicicleta é um caso, caberá a você decidir o que é melhor.
TENSÃO
- Os manuais recomendam que na hora de fechar a blocagem a alavanca seja posicionada alinhada com o eixo
e a contra-porca seja apertada até “oferecer grande resistência”, aí você pode fechar a alavanca. O problema é que se isso for levado a sério, será preciso uma grande força para fechar a alavanca e uma força maior para abri-la. Claramente isso é um contrassenso, pois se as fábricas dizem que é um sistema que não precisa de ferramentas, logicamente não necessitaria de ferramentas para abrir e fechar.
Logo, o bom senso deve imperar aqui. Então, você descobrirá por tentativa e erro qual é o aperto necessário da contra-porca para não deixar o aperto da blocagem solto demais ou apertado demais. Há um meio termo que deve ser encontrado. O que não pode acontecer é que se vê por aí em fotos camaradas que entortam a alavanca de tanta força empregada.
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